Pesquisar
Close this search box.

Recupere sua saúde financeira: passos para sair do vermelho

By: newscreditmoney.com
31 de outubro de 2023

Quando os gastos crescem e a renda fica para trás, a saúde financeira fica comprometida. Como sair do vermelho e recuperar o equilíbrio financeiro? É um desafio comum no Brasil, onde milhões de pessoas enfrentam dívidas e contas atrasadas, afetando mais de 40% da população economicamente ativa, segundo o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil).

Esse cenário pode ser revertido, desde que um bom planejamento e ajustes de hábitos sejam adotados. Neste artigo, saiba o que fazer para colocar as finanças de volta nos trilhos.

Recuperando a estabilidade financeira

Quando as despesas superam a renda mensal, muitos recorrem a soluções aparentemente simples, como o cheque especial ou empréstimos pessoais de fácil acesso. Essas opções frequentemente apresentam taxas de juros elevadas, aumentando a dívida do consumidor.

Pensando nisso, reunimos dicas para reorganizar as suas finanças de maneira responsável. Confira!

Entendendo o tamanho do desafio

O primeiro passo para sair do vermelho é confrontar suas dívidas e obter entendimento preciso de sua situação financeira. Com o tempo, as dívidas podem crescer devido aos juros, tornando essencial entrar em contato com os credores para determinar o valor atual da dívida.

Contudo, isso não implica necessariamente em pagar tudo de uma só vez. O objetivo é que o consumidor compreenda a dimensão do problema e comece a planejar uma estratégia para encontrar soluções.

Uma vez que essas informações estejam disponíveis, é hora de analisar os números. Para simplificar, é possível criar uma tabela: de um lado, liste todas as suas dívidas, incluindo financiamentos, empréstimos e cheque especial, entre outras. Do outro lado, detalhe cada dívida: anote o valor das parcelas, as taxas de juros incidentes, o número de parcelas restantes e o valor total do débito.

Essa análise permite identificar quanto do seu orçamento mensal está comprometido com essas dívidas e avaliar se essa situação é sustentável a longo prazo. A partir disso, você pode determinar se conseguirá arcar com esses compromissos até o final do prazo.

VEJA TAMBÉMEducação financeira: como usar o cartão de crédito de forma inteligente

Analisando a sua renda mensal

Para embarcar na jornada de organizar suas finanças e sair do vermelho, é essencial começar compreendendo seu fluxo de renda mensal, pois é com ela que suas dívidas serão quitadas. A continuação do processo envolve um registro detalhado das entradas e saídas de dinheiro. Comece mantendo um registro manual ou explore aplicativos de gerenciamento financeiro que oferecem opções gratuitas.

Se você é um trabalhador com carteira assinada (CLT), consulte seu holerite para entender seu salário líquido, ou seja, o montante que efetivamente chega à sua conta após os descontos. Já para autônomos e empreendedores, é importante calcular uma média mensal de ganhos, dada a variação nos valores.

Na sequência, é hora de categorizar suas despesas. Identifique os gastos fixos, aqueles compromissos inadiáveis e recorrentes, como aluguel, condomínio, supermercado, contas de água e luz. Em seguida, liste os gastos variáveis, que podem ser reduzidos ou eliminados em situações de emergência.

Determinando sua capacidade de pagamento

Após examinar cuidadosamente as suas dívidas bem como a renda mensal, chega o momento de avaliar como os seus rendimentos se comparam ao total das dívidas. Se torna essencial compreender a porcentagem de sua renda que pode ser direcionada ao pagamento dessas obrigações.

Segundo as regulamentações, no caso de empréstimos sujeitos a legislação específica, o endividamento do consumidor não deve exceder 30% de seu salário. Assim, é recomendado que não se comprometa mais do que essa parcela de sua renda para liquidar dívidas. Essa abordagem ajuda a prevenir a reincidência no superendividamento, já que imprevistos podem surgir ao longo do caminho.

Inicie o processo de negociação

Avalie quais dívidas podem ser quitadas com o dinheiro economizado após cortar despesas. Nesse contexto, vale ressaltar que as dívidas prioritárias são aquelas que incorrem nas maiores taxas de juros.

Após identificar essas dívidas, chegou o momento de entrar em contato com as empresas credoras para negociar as taxas de juros e quitar os débitos. Algumas vezes, órgãos de proteção ao crédito e até mesmo instituições financeiras promovem eventos conhecidos como “feirões”, onde é possível obter condições especiais para liquidar as dívidas.

VEJA TAMBÉM Dívida de cartão de crédito: 10 dicas para eliminar seus débitos

Ataque suas dívidas estrategicamente

Com o objetivo de eliminar as dívidas pendentes e se livrar do endividamento de uma vez por todas, é possível considerar duas alternativas:

1. Utilize o excedente no orçamento

Após negociar suas dívidas, continue fazendo os pagamentos de acordo com o prazo estabelecido. Conforme as parcelas forem quitadas e você ganhar um pouco mais de folga no orçamento, reserve esse dinheiro como parte de sua reserva de emergência. Isso vai ajudar a evitar problemas financeiros no futuro.

2. Refinancie as suas dívidas

Refinanciar suas dívidas é uma alternativa inteligente para quem precisa sair do vermelho. Nesse cenário, você soma o valor de todas as dívidas pendentes e toma um empréstimo para quitar tudo, ficando com uma única dívida, geralmente a juros menores.

Essa atitude oferece diversas vantagens, como facilitar a organização das contas e eliminar a preocupação com múltiplos prazos de pagamento em diferentes instituições. Além disso, você pode negociar e obter condições mais vantajosas para quitar débitos. Ao ter a quantia necessária para pagamento à vista, é mais provável obter descontos.

Para que o refinanciamento seja benéfico, escolha uma modalidade de crédito com taxas de juros reduzidas. Dessa forma, é possível substituir dívidas caras por outra mais acessível, permitindo que você saia do vermelho. Empréstimos com garantia de imóvel e com garantia de veículo são opções populares. Essas alternativas geralmente oferecem as menores taxas de juros, 

Outra alternativa é o crédito consignado privado, com taxas de juros a partir de 1,19% ao mês. Nesse caso, as parcelas do empréstimo são descontadas diretamente de seu salário, o que reduz os riscos de inadimplência e proporciona políticas de crédito mais flexíveis e vantajosas.

VEJA TAMBÉM Dívidas no cartão de crédito? Descubra 5 táticas poderosas para dizer adeus aos débitos!

Quem leu esse artigo também leu esses artigos!

0